Você está me confundindo com outra pessoa?
O que você faria se recebesse uma carta da sua esposa que faleceu há três anos? É uma pergunta que você não ouve muito por aí, e com toda razão, mas vem comigo, porque nessa sexta-feira 13 vamos conversar um pouco sobre Silent Hill 2, o jogo que conquistou meu coração com seus momentos obscuros e personagens extremamente bem construídos.
O que poderíamos dizer a respeito de Silent Hill que já não tenha sido dito? Acho que a resposta certa seria falar sobre o que sinto em relação ao jogo. Silent Hill é uma obra fantástica; por mais que o tempo passe, ela continua sendo tema de conversas, especialmente agora com o remake em destaque. Sim, a menos que você esteja vivendo debaixo de uma pedra, garanto que ao menos ouviu falar a respeito. Aproveitando que Silent Hill está novamente nos holofotes, e que hoje é sexta-feira 13, vamos revisitar um pouco o mundo distorcido de Silent Hill 2, nesse texto ou como eu mesmo vou chamar, “carta de amor para Silent Hill”, ele é um dos jogos que mais me influenciou e que levo no coração, ah, tentarei ao máximo evitar spoilers já que a história do remake contem basicamente os mesmos personagens, diálogos e acontecimentos do original, em algum momento haverá spoilers, vai ser inevitável, afinal tem algumas coisas que preciso comentar a respeito ou o significado disso tudo seria perdido. Sendo assim, o intuito em si é apresentar Silent Hill para os futuros fãs e curiosos a respeito dessa obra prima.
Uma carta de amor para Silent Hill 2
- Não se trata de uma análise, é apenas um informativo para você conhecer Silent Hill 2, por isso não atribuirei uma nota para o game.
- Essa é uma edição especial de sexta-feira 13 , então aproveitem enquanto a nostalgia toma conta da minha mente conturbada.
- Plataforma jogada: Playstation 2 & Playstation 3.
- Escrito por: Griffith, fundador da DungeonBits — Blue Sky
Desenvolvimento & Ambientação
Silent Hill 2 foi lançado em 2001 para PlayStation 2, Xbox e Windows. O jogo foi desenvolvido pelo Team Silent e distribuído pela Konami, sua trilha sonora foi criada por Akira Yamaoka (Sim, estou dando destaque pra esse cidadão já de cara porque o trabalho dele é bizarro de bom). O desenvolvimento de Silent Hill 2 envolveu mais de cinquenta pessoas e durou cerca de dois anos. Segundo o documentário ‘Making of Silent Hill 2’, disponível na edição europeia, o conceito do time durante o processo de desenvolvimento era de ‘repulsa e atração’. A ideia era causar desconforto, mas ao mesmo tempo atrair o jogador, de acordo com Masashi Tsuboyama, diretor de arte, e isso foi alcançado com sucesso. Isso é muito visível nos cenários internos, que despertam um sentimento de curiosidade, mas sempre em uma ambientação obscura e sobrenatural, causando até certa claustrofobia em certos pontos, me parece até como se tudo fosse uma espécie de sonho, e em alguns casos, na parte externa dos cenários, um vazio absurdo.
A inspiração para vários locais icônicos da franquia veio de lugares reais, como itens antigos corroídos pelo tempo. Além disso, o banheiro onde James se encontra no início do jogo também foi inspirado em locais reais; Masashi fotografou vários itens para obter inspiração para os cenários. O que é um tanto irônico é que o time fez o possível para passar a imagem de que a cidade é gigantesca, por isso as ruas e esquinas parecem um pouco maiores do que o normal.
O caminho que o jogador percorre para entrar na cidade é uma bela demonstração do famoso sentimento de isolamento em Silent Hill. Você caminha por um bom tempo até chegar à cidade; o caminho cheio de neblina e árvores aparenta ser até sobrenatural. Se você for um tanto paranoico, pode ouvir passos e barulhos nos arbustos ao seu redor. A ideia, ainda segundo o diretor de arte, é dar ao jogador a sensação de que ele não queira voltar atrás.
Depois de sair do cemitério, quando você chega aos arredores de Silent Hill e começa a pensar, chega a ser cômico o fato de se sentir tão solitário dentro de uma cidade.
A ambientação é de tirar o fôlego. Os corredores nos prédios são claustrofóbicos, muito apertados; se há mais de um inimigo, você acaba tendo dificuldades de se locomover ou de enxergar o que está à sua frente. E, claro, a neblina nunca te abandona, sendo praticamente uma marca de Silent Hill.
As ruas são, em sua maioria, vazias, com exceção, é claro, de alguns monstros bem bizarros fazendo vários barulhos horrendos vindos da neblina. Também existem várias mensagens durante o jogo que dão pistas do que está acontecendo, mas de forma sutil ao mesmo tempo, como esta aqui:
O que chama a atenção em Silent Hill 2 é o fato de o game ser bem minimalista no quesito HUD. A sua tela é bem simples, e a câmera permite que você observe bem o ambiente ao seu redor. Além disso, se você passa por algum item importante, seja munição, itens para recuperar sua saúde ou outras interações, James virará o rosto em direção ao item, sinalizando que há algo importante ao seu redor. Os itens, por padrão, são bem escassos no mapa, e a ideia é, na verdade, evitar o combate (ao menos na primeira metade do game; depois, você vira o Exterminador do Futuro).
Maria, por exemplo, foi criada com a intenção de ser alguém com defeitos, próxima do que seria uma pessoa normal, porém perfeita para o protagonista, ela usa argumentos bem realistas e sua aparência é bastante atrativa para os moldes da cidade, segundo os desenvolvedores, ela ainda não é loira naturalmente; seu cabelo também é pintado. No entanto, deram uma ‘nerfada’ nela durante o desenvolvimento do game; era para ela ser mais ‘sexy’. A galera reclamando da Maria no remake de 2024 ficaria confusa lendo isso. Eles até mesmo queriam, ao menos no início, evitar o sistema de Motion Capture para escanear as movimentações dos personagens, pois, segundo eles, não confiavam muito nesse sistema naquele momento, mas, acabaram optando por faze-lo.
Para dar voz aos personagens, mais de cinquenta pessoas ao redor do Japão e dos Estados Unidos passaram por testes para dublar Maria, Angela e os outros residentes de Silent Hill. Somente cinco delas foram contratadas, isso porque Maria e Mary são a mesma pessoa, então usaram a mesma atriz para a dublagem. Bom, são inúmeros detalhes que fazem a diferença; até as expressões faciais de Eddie foram levadas em consideração devido ao estado mental absurdo em que o rapaz se encontra. Acho que falar sobre o desenvolvimento, ambientação e curiosidades já rendeu um bocado de pensamentos a respeito do game, não é? Você deve estar se perguntando por que estou falando de desenvolvimento e isso está misturado com a ambientação, certo? A resposta é simples: eu não conseguiria falar de um desses dois tópicos sem mencionar os motivos por trás deles, e os motivos estão diretamente ligados à visão artística e à mente brilhante do Team Silent a respeito do game.
O design dos monstros é um tanto bizarro; parece que nenhum deles tem poderes sobrenaturais, e ainda assim a vasta maioria possui características humanas. A ideia inicial era fazer com que parecessem humanos, e, conforme você progride no game, as coisas ficam mais bizarras. Isso é feito de forma proposital: quanto mais você avança, mais estranha a coisa fica. Lembrando que a teoria que reina é de que todos eles são monstros criados pela cidade para punir James, e são criados dessa maneira representando os pecados, defeitos e intenções ruins do protagonista.
A inspiração para esses monstros também é bem atípica. Por exemplo, o primeiro monstro que vemos, que é o cidadão com as mãos presas, digamos assim, foi inspirado simplesmente no modo como um colega de trabalho de um dos desenvolvedores andava. Sim, é isso mesmo, o cara é muito criativo (ou louco). Existem outras ideias que Ito, por exemplo, um dos desenvolvedores do game, utilizou, como pinturas famosas em que as pessoas parecem ser atormentadas. E a criação mais notória é o Pyramid Head, claro, você já sabia disso; como não falar do nosso querido e bizarro inimigo tão icônico? A ideia era esconder o rosto dele, mas uma máscara não era suficiente, e o triângulo na cabeça foi criado para indicar ‘dor’ devido às pontas. E os barulhos criados pelos desenvolvedores não poderiam ser menos bizarros do que as criações sinistras que rastejam e se escondem na neblina da cidade. O design da trilha sonora é um fator essencial para causar uma maior imersão no jogador.
Trilha Sonora
O que dizer da trilha sonora? Que ela é fantástica todos sabemos. Segundo Yamaoka, o homem que produziu a trilha sonora, filmes não foram a inspiração para a criação das músicas do game. O tema principal de Silent Hill 2 foi produzido em apenas três dias por exemplo. Yamaoka ainda comenta que a melodia é o elemento mais importante em uma música, mas o tema principal do game foi baseado em uma melodia triste, embora com uma batida mais forte e um tanto animada. Ainda segundo ele, acima de tudo, a ideia principal era que as pessoas conseguissem sentir algo ao ouvir sua música. Tenho a leve impressão de que ele conseguiu.
Recepção Inicial
Você acredita que a recepção de Silent Hill 2 foi bem negativa no seu lançamento? Muita gente esperava uma continuação de Silent Hill, o primeiro game lançado, e o pessoal do Team Silent foi corajoso ao criar outra história usando alguns fundamentos do game anterior que funcionaram. O game só ganharia uma aura positiva anos depois, após se tornar um ‘clássico cult’. Só por curiosidade, aqui estão algumas revistas contendo análises da ocasião:
Imagens encontradas no post do Twitter do usuário: @Chemi_Ro
O que torna Silent Hill 2 especial?
Se tem uma palavra que pode definir Silent Hill 2 ela é: Psicologia, e o motivo é simples, todos os personagens do game que você encontra tem seus problemas, seus motivos e os diálogos e ações dos mesmos deixam tudo isso claro, James é simplesmente o cara que recebeu uma carta de sua esposa falecida e está indo para Silent Hill por esse motivo, Eddie é alguém que já sofreu muito bullying pela sua aparência, Maria é uma dançarina em um clube, também é um tanto melancolica e sedutora, Angela é totalmente perturbada, desconfiada e confusa, por razões óbvias, uma vida de “abusos” tende a deixar as pessoas desnorteadas, Laura é a única que parece ser normal no meio de todos, pois a cidade parece não afetá-la, talvez o motivo seja porque ela é inocente, talvez, não faço ideia, sei que existem centenas de milhares de vídeos na internet tentando explicar, e criando teorias mirabolantes do porque de algo ter acontecido, ou citando uma espécie de HQ de Silent Hill para obter referências, bom, eu gosto do modo como eu vejo o game, do que eu entendi ao finalizar o mesmo, dos diálogos e das impressões que fiquei dos personagens, Maria é o caso que mais me atrai, algo nela não parece certo, seu olhar, sua fala, o modo como provoca o James em certos momentos, é uma irônia pensarmos que por mais icônicos que sejam os personagens ainda assim tem uma certa discrepância entre as dublagens e diálogos, eu mencionei que os diálogos são importantes, certo? Eu gosto deles, mas é inegável que as conversas são um tanto bizarras.
James e Angela no começo do game, o primeiro encontro, literalmente, a primeira pessoa que você encontra parece tão desconectada da realidade quanto James, e isso torna o game especial. Talvez seja proposital, talvez não, me pergunto se os Devs sabiam exatamente o que estavam fazendo nesse quesito em específico, porque acho fantástico 20 anos depois, essas mesmas conversas tortas conseguirem chamar tanto a atenção das pessoas a ponto da Konami tirar o escorpião do bolso e botar um grupo de devs para trabalhar e criar um remake, aliás, não só um remake, como outros games novos criados no universo de Silent Hill, tanto que lembro de ouvir a seguinte frase: Silent Hill não é a cidade, Silent Hill é o conceito. Acho que estão levando isso a sério, já que teremos outro filme sobre o game também.
Em Silent Hill, você é James Sunderland, o cidadão que recebeu a carta da namorada morta, e você vai com a ideia de encontrar “o seu lugar especial”, por assim dizer. Você sai do banheiro onde se encontra ponderando suas escolhas e o que está prestes a fazer. Logo ao sair, é possível vermos o carro de James e a floresta na nossa frente. É claro que, como qualquer pessoa normal faria, nós seguimos por entre a névoa, floresta adentro, e entramos em um cemitério, e por fim falamos com outra pessoa totalmente normal chamada Angela, a qual nos informa para tomarmos cuidado com a cidade devido a coisas estranhas rolando por lá, Angela parece estar procurando pela mãe, mas a conversa é tão torta que chega a incomodar, e como mencionado anteriormente, isso é bem recorrente no jogo.
James se depara com uma cidade enorme, coberta de neblina. Tudo parece distante e fora de lugar. Além disso, existem criaturas distorcidas que o perseguem. Logo, James consegue um rádio, que emite uma espécie de interferência ou estática quando está próximo de alguns monstros. Detalhe: se você ouve o ruído no rádio, os monstros também ouvem… Se eu continuar a partir daqui, acredito que estragaria a experiência para quem nunca jogou. Então, apenas saiba que você é James, e está procurando por um lugar específico onde pode encontrar sua esposa falecida, como descrito na carta que recebeu. Maria, uma mulher praticamente idêntica à sua esposa, vai acompanhá-lo nessa jornada, e, digamos, ela é uma versão totalmente diferente dela — mais ousada, ou talvez a versão que James sempre desejou. Pelo menos, é o que o jogo insinua. No caminho, haverá surpresa atrás de surpresa. E mais: quando você descobrir quem James realmente é, e o verdadeiro motivo de ele estar em Silent Hill, as coisas ficarão ainda mais interessantes. Temos poucos personagens que são “humanos”, por assim dizer. Prefiro não comentar muito sobre a história, como mencionei antes, porque ela é realmente surpreendente, e muita coisa fica aberta à interpretação — a não ser que você seja o fã das HQs e busque respostas para algumas questões nelas. Mas esse é o limite do que posso comentar sem dar spoilers. Se você nunca jogou Silent Hill 2, agora é o momento certo.
Mecânicas de Jogo
O combate é bem travado (por vários motivos), mas a ideia é que James não é alguém treinado para lutar. Ainda assim, temos diversos itens para isso, desde armas brancas até espingardas poderosas. As munições geralmente são escassas e, para ser sincero, as mecânicas de jogo são muito parecidas com as do primeiro game. Temos algumas mudanças aqui e ali, diga-se de passagem. O combate também não é o foco, e os inimigos, de forma geral, não são tão agressivos.
Há diversos enigmas que precisam ser resolvidos para avançar no jogo. Alguns são mais complicados, e em um deles você basicamente enfia a mão em um vaso sanitário todo sujo para encontrar um item importante. Inclusive, há uma referência a isso no jogo seguinte (Silent Hill 3). O inventário não é limitado, o que me incomoda um pouco, pois James parece uma mochila ambulante, carregando uma quantidade enorme de armas e itens.
Outra coisa importante: durante o jogo, as escolhas que você faz afetam o final. Olhar para a foto da esposa de James, observar a faca que Angela lhe dá, empurrar Maria ao invés de protegê-la, andar por aí com pouca vida sem usar itens para se recuperar — tudo isso influencia o desfecho da história. É um sistema engenhoso, que faz parecer que o destino de James é traçado pelas suas escolhas ou descuidos, por assim dizer. Vale lembrar que a HUD é mínima, o que ajuda muito na imersão e pode até influenciar as decisões citadas anteriormente.
Andar pelos corredores escuros, com o volume da TV alto durante a noite, é uma experiência bem interessante. Eu recomendo muito, até porque você precisará ir e voltar por vários desses caminhos de qualquer forma e você nunca sabe o que o aguardar no final de um corredor. Um comentário um pouco diferente do assunto é que, em certos momentos, o jogo apresenta uma espécie de verticalidade surreal, onde você desce por vários buracos através dos cenários e parece que nunca termina de descer através deles. Isso passa a impressão de que não há mais como voltar atrás, e faz todo sentido, especialmente quando chegamos a um dos momentos mais icônicos do jogo: o motivo de James ir até Silent Hill. O que ele ,o que nós descobrimos, é uma verdade absurda que o protagonista já sabia desde o início.
O jogo também possui opções de dificuldade, até mesmo para deixar os enigmas mais fáceis e fazer com que os inimigos morram mais rápido, por assim dizer. Eu realmente não recomendo jogar no modo difícil, porque é um saco, você vai passar um tempão tentando matar inimigos que parecem ter suas barras de vida aumentadas, como se fossem mini-chefes.
Born from a Wish (DLC)
A DLC Born From a Wish foi lançada em uma versão estendida do jogo. Ela tem cerca de 40 minutos de duração, onde você joga com Maria, um dos personagens principais do segundo jogo da franquia. O intuito é mostrar um pouco mais sobre ela e os acontecimentos que antecedem seu encontro com James. A história é fenomenal: você começa dentro de um quarto, com uma arma na mão, ponderando o suicídio. Esse pensamento é interrompido quando Maria decide ir ao encontro de alguém. Ela entra em uma espécie de mansão mal-assombrada e lá se depara com um homem chamado Ernest. Os dois conversam através de uma porta, já que ele não permite que ela entre no quarto onde está. Após concordar em ajudar o desconhecido, e fazer uns rolês para o cidadão, Ernest informa Maria que James é uma pessoa ruim e que ele sabe de quem estamos atrás. Aparentemente, Maria já conhecia James.
O que me surpreende é que, ao abrir a porta do quarto, descobrimos que não há ninguém ali. Ou seja, Ernest provavelmente é um fantasma ou algo preso em Silent Hill, e quando cumprimos o que prometemos a ele, ele é libertado, essa é minha teoria. A única coisa que eu te digo, é: Caso tenha alguma dúvida a respeito de quem diabos é Maria, é só pesquisar o que significa Born From a Wish no google e terá sua resposta.
Depois disso, Maria pensa em suicídio novamente, mas desiste e joga sua arma atrás de um muro. Ela vai até uma praça perto de um lago onde encontra James, e assim começa Silent Hill 2. Claro que, com essa explicação resumida, não é possível entender a real importância ou o quão interessante é essa DLC. No entanto, a ideia é que você jogue Born From a Wish após completar a campanha principal, pois só assim a relevância de Maria pode ser plenamente compreendida e melhor apreciada.
Vale a pena jogar Silent Hill 2 mais de 20 anos depois?
Com certeza vale a pena jogar Silent Hill 2 atualmente. A trilha sonora, o sentimento de solidão e o desconforto constante, os monstros perturbadores criados pela cidade atormentando James, a estática do rádio enquanto caminhamos pelos corredores escuros e apertados de Silent Hill, as brigas e discussões entre James e Maria , tudo isso traz lembranças incríveis. O sentimento de que o jogo é especial está constantemente presente. É um clima misterioso, como se você estivesse dentro de um sonho, e, conforme você descobre mais sobre ele, mais quer saber, seja pela ambientação, nostalgia ou pela história. Silent Hill 2 é um jogo que recomendo a todos; é algo único, vindo de uma era que não voltará mais. Para mim, é a representação perfeita do gênero Survival Horror, caso você decida jogar o game original ou vai se aventurar pela primeira vez no remake que sai em outubro, então agora já sabe aonde está se metendo. Silent Hill é um lugar que irá te punir de todas as formas, ela vai te prender, te assustar, te enganar, e o pior, vai te mostrar quem você realmente é.
-Considerações para caso você resolva dar uma chance ao game original.
- As mecânicas de combate são bem desorganizadas.
- A trilha sonora é uma das melhores que já ouvi.
- Ambientação extremamente imersiva.
- Personagens memoráveis que irão te marcar.
- A atriz que deu voz a Maria e Mary deu a vida nesse jogo, porque a entonação e entrega são inesquecíveis.
- Algumas conversas com certos personagens parecem vir direto de um sonho, totalmente desconexas com a realidade.
- A história é bem confusa. Mas é muito boa.
- Existem diversos finais que são influenciados pela sua jogatina, ou melhor, pelas suas ações.
- É um dos, se não o melhor Survival Horror já feito.
- Após a metade do jogo, você se torna o Rambo. (Provavelmente porque terá itens suficientes para pulverizar todo mundo)
- Você pode passar pela vasta maioria dos inimigos sem precisar lutar contra eles.
- O jogo tem cerca de 7 ou 8 horas de duração, variando conforme seu estilo de jogo.