Silent Hill 2, o melhor Survival Horror está de volta!

Griffith
16 min readOct 8, 2024

--

Do i look like your girlfriend?

“Your little Mary”

-O que é Silent Hill 2 Remake?

Silent Hill 2 é um remake do aclamado game da Konami de 2001, ele foi desenvolvido pela Bloober Team, que é conhecida principalmente por Medium e Layers of Fear, e o jogo está sendo publicado pela Konami, o remake agora possui mudanças na câmera, novos diálogos, personagens redesenhados e muitos sustos.

Um dos melhores jogos de terror retornou e, quem sabe, com ele venham novos remakes dos antigos games da franquia. O game é um survival horror focado em uma espécie de terror psicológico, no qual precisamos resolver vários enigmas, ir e vir por diversos locais do cenário capetólico enquanto criaturas nos atormentam.

“Mire na cabeçe e atire sem dó”

-História

Em Silent Hill 2, você será James Sunderland, um homem que recebeu uma carta de sua esposa pedindo para encontrá-la no ‘lugar especial’ deles. Só tem um problema: Mary está morta há pelo menos uns três anos, e, mesmo assim, ele está indo até lá. Bom, tem muita gente por aí que faria de tudo por uma ilusão, ou buraco nesse caso, não é mesmo? Quem somos nós para julgar o rapaz… Nessa jornada, ele encontra Maria, que se parece com sua esposa, mas não é ela. Pelo menos, não deveria ser… Juntos, vocês vão procurar por Mary e se proteger das criaturas horrendas da cidade. Outras pessoas também estarão em Silent Hill, cada uma com seus próprios motivos.

“Bros before holes?”

-Ambientação e maestria sonora

Muito do que vemos hoje no estilo de terror é inspirado nos feitos do antigo Team Silent, e não os culpo. Afinal, é difícil construir um game focado no terror sem recorrer aos famosos jumpscares. Em Silent Hill, os locais são geralmente escuros, parecem abandonados, a neblina atrapalha sua visão e a chuva faz um barulho muito alto. Inclusive, joguei no DualSense e dá para sentir a chuva, pois o controle vibra levemente, causando uma sensação bem próxima da realidade. Dá um certo desconforto, sabe? Acho isso muito bem feito.

A qualidade do som é de arrepiar, literalmente. Qualquer coisa te assusta. É obrigatório jogar isso com fones de ouvido. O cenário perfeito é: frio, chuva, noite e fones de ouvido, e você terá uma das experiências mais incríveis da sua vida no mundo dos games. Obrigado Bloober, vocês são incríveis.

“Um resumo da diferença entre as franquias Resident Evil e Silent Hill”

Ainda falando sobre a ambientação, temos inúmeros cenários extremamente bem trabalhados. É um fato que a Bloober é muito experiente em criar cenários realistas e perfeitos para gerar um clima sobrenatural e de muita pressão sobre o jogador. Conforme você anda pelo hospital, por exemplo, é possível ouvir sussurros vindos de quartos nos quais não podemos entrar, objetos caindo no chão, passos atrás de James, gritos, gemidos e até choro em locais distantes. Tudo é feito de um jeito que você não terá paz naquele lugar. Além disso, quando você entrar no hospital ‘infernal’, como eu gosto de chamar, aí, meu amigo, é melhor comprar uma fralda mesmo, sem brincadeira. Prepare-se, porque aquele lugar parece ter sido feito pelo próprio satanás. Tudo é escuro, há grades e correntes por vários locais, e até os inimigos têm uma aparência mais agressiva e ofensiva. Os documentos que encontramos não falam mais sobre ajudar os pacientes, mas sobre torturá-los. Há até um raio-X de um homem com uma corrente enfiada no cérebro. É um show de sadismo, ódio e desumanização. O lugar realmente representa um inferno na Terra, talvez até mesmo a visão que os pacientes tinham daquele ambiente…

“Imagina ser um paciente aqui”

As telas de carregamento são mascaradas com cutscenes de James passando por locais, pulando muros, abrindo portões, e por aí vai. Um outro detalhe é que, de tudo que tive o privilégio de jogar, acho que Silent Hill e Bloodborne são os games que conseguem ser insuperáveis quando o assunto é ambientação. A imersão é fácil quando estamos diante desses cenários únicos. É bem simples reconhecer quando algo é da FromSoftware ou do Team Silent (nesse caso, Bloober).

“Simplesmente Bloodborne e sua cidade bela”

Ainda sobre ambientação, o pessoal da Bloober tem um toque de ouro. Em vários locais, tomei muitos sustos porque os inimigos ficavam abaixados, esperando eu passar para sair de trás de paredes, mesas, pilares. Além disso, alguns deles vêm silenciosamente atrás de você. O nível da prisão de Toluca é o mais assombroso, na minha opinião. É tudo escuro, você não vê nada na maior parte do tempo, precisando se basear na audição para saber o que te espera. Algo que acho incrível é que agora, em certos momentos, a cidade parece te odiar e tenta te punir de todas as maneiras: com sons altos, uma espécie de tempestade, e vários inimigos atacando James e Maria de uma vez. O comportamento dela muda durante o combate; ela fica assustada e pede ajuda. Eu amo esses detalhes.

“Maria assustada com a situação da cidade e dos montros ao redor”

Quando salvei o jogo pela primeira vez com Maria ao meu lado, ela começou a me chamar e perguntar se eu estava bem, porque, para ela, eu fiquei parado, como se estivesse pensativo. Isso foi bem inesperado.

“Hey, cê ta bem? É como se você tivesse congelado por um momento”

-Nostalgia x Realidade

A santíssima trindade do terror, para mim, sempre foi Resident Evil, Fatal Frame e Silent Hill. Desde criança, eu sempre ouvia meus amigos falando sobre esses jogos. Claro que tínhamos Haunting Ground, Rule of Rose e vários outros, mas esses não eram tão conhecidos. Mesmo na era do PlayStation 2, não era tão fácil ter acesso a eles.

“Minha coleção de Silent Hill aí”

Lembro de ter jogado Silent Hill 2 no meu PS2 na época. Eu morria de medo! Ainda tenho na memória as cenas de James andando pela rua com um pedaço de pau na mão, correndo desesperado daqueles bichos horrendos que se arrastavam, e a neblina atrapalhando tudo. A noite chegando, e eu, que tinha acabado de voltar da escola, com o coração quase saltando para fora de pavor. Eu desligava o console morto de medo e iniciava outro jogo, Resident Evil. Mas aí a coisa piorava, pois eu sempre tive muito medo de zumbis. As lembranças são tantas e tão boas. Queria falar sobre nostalgia só para dizer que as coisas que nos trazem nostalgia são muito queridas e, muitas vezes, as guardamos a sete chaves em nossos corações. Silent Hill 2 é uma dessas coisas, ao menos para mim.

“Não você não é”

Quando anunciaram que teríamos um remaster, eu pensei: ‘Eles já têm uma versão HD, para que precisamos de um remaster?’ Além disso, achei que não havia necessidade de outro. Conhecendo a Konami, o pânico tomou conta de mim. Pensei: ‘Eles vão acabar com a franquia de vez.’ E, quando soube que seria a Bloober a responsável pelo jogo, a primeira coisa que me veio à cabeça foi: Quem?

“Alguns dos games desenvolvidos pelo estúdio polonês”

Procurei por alguns títulos que eles já haviam produzido e não achei muita coisa interessante. Conhecia alguns. O estúdio polonês existe desde 2008 e tem vários games que praticamente ninguém conhece. Os mais conhecidos seriam: Layers of Fear, Observer, Blair Witch e também The Medium. Já deu para entender que são jogos, por assim dizer, medianos, com exceção de Observer, que é muito bom. Claro, isso até o anúncio do remake de Silent Hill 2.

“Produtor de Silent Hill 2 Remake quer que fãs deem uma chance para a Bloober Team, fonte: IGN”

Muita gente na internet não gostou do anúncio, e, sendo sincero, dá para entender o sentimento. Após o anúncio, houve um silêncio absoluto, e, depois de uma espera que parecia infinita, finalmente mostraram algo sobre o jogo: um trailer, que não agradou grande parte da internet. Houve reclamações sobre o rosto de James, Angela, movimentação dos personagens, câmera — tudo o que você pode imaginar. A internet não perdoa. Mas, nesse estágio, eu já estava tranquilo, porque sabia que Silent Hill 2 era um dos meus jogos favoritos e qualquer novidade da franquia, por assim dizer, já me deixaria feliz. Lembro até da Bloober dizendo em uma entrevista para um site gamer que eles queriam uma chance de mostrar sua visão de Silent Hill.

“Bloober comentando sobre rumores de datas de lançamentos e evitando problemas com a incerteza e desconfiança dos fãs”

Um pouco do sentimento do que é ter de volta algo que havia sido tirado de você, Linkin Park assim como Silent Hill retornou à vida recentemente, trazendo os bons sentimentos, a nostalgia, a felicidade de estar completo novamente, após períodos de incerteza, luto e, acima de tudo, tristeza. Linkin Park agora retorna com membros novos, e acima de tudo, o desejo de continuar a dar felicidade para os seus fãs, agora com uma nova vocalista, mesclando o novo com o antigo e trazendo felicidade para aqueles que esperaram pacientemente por esse momento, afinal, a vida continua.

“O Retorno de Linkin Park, uma das melhores coisas a acontecer na minha vida”

“Eu te deixo me cortar apenas para me ver sangrar

Desisti de quem eu sou para ser quem você quisesse que eu fosse

Não sei porque eu estou esperando pelo que não vou receber

Caindo em promessas de uma máquina vazia

Eu apenas queria fazer parte de algo…”

“O sentimento de estar de volta é indescritível”

Essa letra é poderosa, e o paralelo com a situação de Silent Hill 2 é literalmente esse, os pré-julgamentos com a Bloober, a aversão, o desgosto, o sentimento de que nunca funcionaria, de que era impossível, de que a franquia deveria permanecer parada, e que era hora de seguir em frente a deixando descansar, mas como dito anteriormente, a vida continua, e às vezes precisamos dar uma chance, as pessoas são incríveis, e o impossível se torna possível, e posso dizer com toda a felicidade do mundo, Silent Hill retornou das cinzas, e o segredo é simples, respeitar o antigo enquanto se entende que estamos no presente.

“As análises de Silent Hill 2 remake atualmente constam como extremamente positivas, com 96% dos jogadores recomendando o game”

Lembro também do pessoal da Konami dizendo que ficaram impressionados com o nível de respeito e cuidado da Bloober com a obra original, o que vai na contramão do que a indústria faz hoje. Atualmente, a ideia é destruir o passado, criar algo novo para uma audiência moderna e ignorar os fãs que são a base do sucesso da obra que se quer transformar. Mas, graças a Deus, a Bloober não é assim. E mexer com Silent Hill é mexer com um vespeiro, porque sempre haverá críticas. O jogo é um clássico cult, com todo tipo de fã defendendo-o com unhas e dentes, o que eu entendo. A nostalgia fala mais alto. Mas quando algo é feito com tanta qualidade, é fácil entender por que muita gente tem esse apego. Esse é o meu caso.

“Akira Yamaoka, a lenda”

Outro ponto interessante é que houve um remix das músicas, feito pelo lendário Akira Yamaoka, o criador da trilha sonora do jogo original. Posso afirmar: ele melhorou muito suas habilidades

“Artigo do Gameranx detalhando o cuidado do Bloober Team com a obra original”

Konami, de todos os erros que você cometeu, saiba que eu te perdoarei, pois esse acerto apaga um pouco o gosto ruim de testemunhar tudo de terrível que você já fez.

“A nota do Silent Hill 2 aí”

E acredite se quiser, Silent Hill 2 Remake conseguiu reconquistar o coração dos jogadores com um trailer novo. Eles ouviram o feedback dos jogadores na internet, não recuaram, continuaram produzindo o game, sem culpar ninguém, apenas trabalharam e colocaram muito esforço no game, tanto que houve boatos de que o primeiro trailer mostrado, o que foi trucidado na internet, era bem datado e que foi obra da dona Konami eles terem lançado ele dessa forma.

“O trailer que fez muita gente mudar de opinião sobre o game”

Não só a recepção do game foi excelente pela crítica, obtendo uma nota bem alta (87), mas também até o momento, ao menos antes de seu lançamento oficial, o game segue com menções extremamente positivas através da internet, e eu posso dizer, ele merece. O pessoal da Bloober está de parabéns, tanto que continuarão a trabalhar com a Konami e já temos até rumor de um remake de Silent Hill 4: The Room!

“Um dos games mais enigmáticos e malucos que já testemunhei”

-Jogabilidade e algumas diferenças no combate

Em Silent Hill 2 nós andamos por caminhos claustrofóbicos, uma cidade absurdamente enorme, um hospital diabólico, uma prisão maquiavélica e tantos outros locais assombrosos, e repletos de monstros, nós temos, canos, pistolas, shotguns, rifles e muito mais para conseguirmos destroçar os inimigos pelo caminho, a sensação de atirar no game é ótima, o áudio das armas é bem feito também e é satisfatório acertar as assombrações de Silent Hill, precisamos também resolver diversos enigmas através dos cenários, com itens escondidos, e isso envolve uma questão de ir e voltar por diversos locais, destrancar portas, pular em buracos escuros e cair sabe lá Deus onde, e um deles, por exemplo, é o do relógio onde precisamos buscar até os ponteiros pela versão assombrosa do local, e o game te prepara de uma forma muito inteligente para as bossfights, um exemplo é que durante o enigma do relógio podemos ouvir Pyramid Head rodando o local enquanto nos procura, e não muito tempo depois vem o acerto de contas, e você sempre fica com a sensação de estar sendo observado a todo momento.

“James encontrando alguém bem familiar”

Sempre haverá alguma surpresa para ferrar com a sua cabeça, por exemplo, por diversas vezes eu limpei o local de inimigos, mas podia ouvir algo se esgueirando atrás de mim ou de algum cano e quando me dava conta estava lutando contra outros inimigos novamente, fora que os inimigos estão mais agressivos, tem mais vida para aguentar mais porrada e ainda conseguem se defender dos seus golpes, eles até dão uma espécie de parry e contra atacam, ainda sem mencionar que o posicionamento deles é bem semelhante ao posicionamento dos inimigos no Dark Souls, sempre em locais estratégicos e muitas vezes emboscando o jogador. O que acho legal também é que o James vai anotando em seu caderno os códigos de cofres que achamos pelo cenário, locais importantes para onde precisa ir e assim por diante.

“Apenas algumas mensagens martelando o coitado do James e julgando o rapaz”

-Algumas diferenças entre o original e o novo

O desenvolvimento dos personagens mudou bruscamente, agora é bem possível observar a mudança no humor de Eddie durante às vezes que o encontramos, de ver o quão maluca a Angela vai ficando com as doideiras que ela acha em Silent Hill, ou até mesmo a Maria, a atriz que deu vida a Maria é incrível, ela está mais provocativa no remake, ela vive provocando James e eu fico com a impressão agora mais do que nunca de que a Maria está ali somente para castigar e provocar James, quando ela oferece bebida ao James e ele recusa, o negócio é bem sutil, mas se você sabe da história dele, então sabe que ele já teve problema com bebida, Maria também sempre tenta fazer com que James esqueça a Mary, sendo bem romântica, fazendo piadinhas, inclusive um momento que eu acho incrível é do primeiro encontro deles em Silent Hill, ela literalmente fala “Eu pareço um fantasma?” E ela se aproxima de James, toca em seu peito e diz: “Está vendo? Está quente” e o James fica incomodado com isso. Não sei se a provocação é porque James tinha dito que a esposa morreu e ela fez essa piada cruel ou ela só queria dizer que está viva mesmo. É como se a Maria fosse a esposa que o James sempre quis, mas tem o contraste porque ele nunca está confortável com ela, talvez seja a ironia de estar pensando no verdadeiro motivo pelo qual ele foi para Silent Hill em primeiro lugar.

“Algo não parece certo, Maria 2K24”

Tem outros momentos que eu queria comentar sobre, mas acho que já deu para entender, mas em resumo, a história está mais coesa, continua misteriosa, mas é mais contínua e faz mais sentidos, além de que as conversas agora são mais naturais do que antes.

“Maria segurando o vestido que ela usava no game original”

Temos novos locais para explorar, os enigmas estão diferentes, agora são mais complexos e demandam mais tempo para terminá-los, as áreas novas, tem coletáveis, inimigos escondidos e agora podemos acessar janelas quebrando as mesmas, passamos por baixo do chão através de buracos, o pessoal da Bloober fizeram o dever de casa, tudo que foi feito no game, digo, as mudanças feitas, foram muito bem pensadas e o game não se torna maçante em nenhum momento.

“Luke Roberts & Salóme Gunnarsdóttir, os atores de James e Maria para o remake”

-Desempenho no PC

Eu tenho uma 4060 TI, 36GB Ram, um Ryzen 5800 8-Core, e o game rodou super bem com a configuração de gráficos no máximo (liguei DLSS), porém em alguns momentos eu tive uns drops de frames monstrusos, mas nada que pudesse atrapalhar a jogatina, foram em poucos momentos, é o único ponto negativo para mim nesse game, de resto vejo apenas coisas positivas, mas tende a ser uma herança de Engine usada e da própria Bloober quanto o assunto é otimização.

“Maria tomando uma surra do bicho espuleta”

-Opiniões

O que dizer dessa Bloober Team que conheço há tão pouco tempo, mas já considero demais? Os caras pegaram um dos jogos mais icônicos, únicos e com uma fã base obcecada e super protetora e conseguiram melhorar todos os aspectos dele, desde os diálogos, até o desenvolvimento de personagem, eu acreditava que com Silent Hill 2 isso era algo impossível de se fazer, e graças a Deus eu estava errado, o remake superou todas as minhas expectativas, eu amo esse jogo e ele ocupou o espaço onde antes o antigo game de 2001 estava, agora Silent Hill 2 remake se junta a Elden Ring, Dark Souls 3, Vampire: The Masquerade Bloodlines e Baldur’s Gate 3 ao top 5 games da minha vida.

“Minha lista dos games favoritos no site do Backloggd

Após esse remake, eu diria que Silent Hill 2 é como um pesadelo enorme, nada parece real e, ao mesmo tempo tudo parece tão caótico, é como viver um sonho alucinante do qual você não pode acordar, em que cada ação que você já fez irá ser a razão da sua ruína. Nessa cidade amaldiçoada, todos tem um motivo, todos estão lá para serem punidos pelos seus pecados.

“I’am not your Mary”

[ SPOILER DE UM DOS FINAIS DO JOGO A SEGUIR ]

O que é um tanto irônico é que o final que eu escolhi é o que você decide abandonar a Mary, você entende que ela já se foi e é hora de seguir em frente, James não se arrependeu, agora com Mary definitivamente morta, ele tem sua liberdade que sempre quis, James não aprendeu nada com as punições, com os momentos de dor e angústia, afinal, James agora tem a versão que ele tanto queria de sua esposa, uma mais bonita, provocativa e que o estimula a não ter mais seus desejos contidos dessa forma, assim como toda a cidade foi criada dessa forma para puni-lo, cada inimigo tem suas características feitas de tal forma que cada um lembra um pecado cometido por James, as enfermeiras bonitas são o que James via e desejava enquanto sua esposa definhava de dor e tristeza com seu corpo apodrecendo de dentro para fora enquanto sua doença a levava lentamente, Mary se tornava insuportável, ela estava morrendo e não podia fazer nada, ela maltratava James e ele odiava a situação e achava injusto, até que um certo dia, ele decide dar fim ao sofrimento de sua esposa, e agora novamente ele havia matado sua esposa, e no fim das contas, ele foge de Silent Hill com Maria, e ao chegar ao seu carro, ela tosse e se mostra um tanto preocupada, James como o ótimo ser humano que é, apenas responde: É melhor fazer algo a respeito dessa tosse. Uma música vibrando e totalmente fora de contexto começa a tocar e os créditos começam a subir, você sabe o que isso significa… Quem não aprende com seus erros tende a repeti-los, chega a ser poético, esse final é intacto e fiel ao original, eu amo um final ruim, mas, ao mesmo tempo, mascarado como algo bom.

“Sonho”

Nota Final: 10/10 ( CI N E M A )

Recomendado para quem ama jogos de terror, esse é de longe o melhor game do gênero Survival Horror hoje em dia, é incrível que a Bloober tenha conseguido modernizar Silent Hill 2 e o tornar um game superior, e isso sem estragar o antigo, todos os aspectos do game original foram superados aqui, Silent Hill 2 Remake é um presente aos fãs de longa data da franquia e também uma excelente porta de entrada para a mesma.

“Alô? É da polícia? Gostaria de denunciar uma mitada da Bloober Team”

-Considerações Finais

  • Gráficos muito lindos
  • Jogabilidade melhorada mas com um sentimento de um clássico de Playstation dos anos 2000
  • Ambientação extraordinária
  • O game aparenta estar bem pesado para quem não tem um PC tão poderoso
  • Os personagens são muito bem escritos, animados e sua progressão é notável durante a jogatina
  • A rejogabilidade é garantida devido a quantidade de finais diferentes presentes no game
  • O game original tem cerca de 8 horas de duração, o remake tem por volta de 15 a 16 horas de duração (Terminei com 23 horas)
  • O preço é bem salgado, se você não é um fã antigo da franquia eu recomendo aguardar uma promoção
  • Todos os aspectos do game anterior foram melhorados aqui
  • Existem novas áreas para explorar
  • A trilha sonora foi refeita pelo mesmo criador do original
  • Houve uma melhora grotesca na dublagem dos personagens
  • O game tem opção de textos e legendas em Português-BR
  • É um dos melhores remakes já feitos na minha opinião
  • O idioma em que joguei foi o inglês
“Para notícias, análises e sorteios de games, siga o perfil Dugeon Bits, agora no Blue Sky!”

--

--

Griffith
Griffith

Written by Griffith

Amante de RPGS, gosto de Berserk, fundador da Dungeon Bits Atualmente no Blue Sky: https://x.com/itsgriffithstar & https://x.com/DungeonBitsr

No responses yet